Não se sabe ao certo a origem exata desta espécie, porém há indícios e acredita-se que os porquinhos da Índia surgiram através da seleção artificial feita pelo homem através do tempo, assim como ocorreu com os lobos e os gatos, os preás e seus antepassados deram origem à espécie doméstica.
Os porquinhos-da-índia foram domesticados há milhares de anos por populações sul-americanas, que os utilizavam tanto como alimentação quanto como animais de estimação. Porém seu foco sempre foi o corte, e isso impactou muito em sua morfologia (falaremos sobre isso em um post futuro). Devido à esse processo de seleção não existem porquinhos-da-índia da espécie Cavia porcellus em ambiente natural, somente domesticados.
Em ambiente natural infelizmente a espécie não sobrevive por muito tempo, tendo uma expectativa de vida máxima de um ano.
Existem dois locais considerados mais evidentes de onde essa domesticação ocorreu: o sul do Peru e as terras altas próximas à Bogotá, na Colômbia.
Alguns desses povos andinos, no período da colonização espanhola da América, criavam largamente estes animais e foi assim que os europeus tomaram contato com este animal no século XVI, ao atingirem os domínios do Império Inca. Os incas denominavam-no Cuy, por causa dos gritos curtos que emitem.
Como dito anteriormente eram criados para o consumo, desempenhando um papel importante na alimentação desse povo.
Atualmente, em alguns países (como o Peru), ainda existe essa tradição de consumo da carne dos porquinhos da índia.
Devido à docilidade, fácil manuseio e cuidado, reprodução rápida e adaptabilidade, os porquinhos-da-índia ganharam o coração dos espanhóis sendo levados nos navios para seu país. Ao chegarem à Espanha, os porquinhos-da-índia tornaram-se moda, se popularizando e vindo a espalhar-se por toda a Europa e Ásia como animais de estimação, onde então surgiram as diferentes raças, cores e pelagens.
Assim como cães e gatos, os porquinhos acompanharam a história humana de perto, estando presentes em diversos momentos históricos e sendo responsáveis por grande parte da evolução humana.
Estes roedores passaram a ser utilizados em estudos experimentais de laboratório desde o século XIX. Tendo sido grandes aliados da ciência, doando suas vidas para desenvolvimento de diversos setores, principalmente a medicina e beleza.
Hoje, com a globalização a espécie é encontrada em quase todos os países do globo como pet, porém os estudos sobre manejo, doenças e cuidados são difíceis de serem encontrados, e com isso eles acabam sofrendo uma espécie de cultura de "abusos", sendo vistos como "PETs descartáveis", as pessoas compram, criam de qualquer forma, eles morrem e são facilmente substituídos, levando à uma grande quantidade de animais mau tratados e submetidos à condições precárias.
E é justamente contra essa cultura que lutamos.
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